sexta-feira, 12 de abril de 2013

ESTA É A MINHA OPINIÃO…sobre esta espécie de remodelação!

Há um ditado que diz que a "montanha pariu um rato" quando determinado acto não corresponde ás expectativas geradas. Esta espécie de remodelação pariu um Maduro, não o Nicolás Maduro, da Venezuela, mas o Miguel.
 
Fazendo analogia com o futebol, Luís Marques Guedes passou da equipa "B" para a equipa "A". Tem experiência autárquica, parlamentar e governativa. Considero que a inclusão de Maduro não é uma mais-valia para o Governo.
 
Quanto a Miguel Maduro o que se sabe é que é mais um teórico. Não tem experiência autárquica.
 
Paulo Júlio, ex-secretário de Estado da Administração Local, era presidente da Câmara Municipal de Penela, município com cerca de 6.000 habitantes, tinha alguma sensibilidade para com as autarquias e os seus problemas, contudo, sem entender que uma autarquia com 200 mil habitantes não pode ser tratada da mesma maneira que uma autarquia com 6.000 habitantes.
 
Os problemas dos governos de Portugal é que têm uma forte componente universitária e quando se quer esconder a inexperiência dos ministros e secretários de Estado atira-se para a opinião pública que fulano é professor da Universidade de Yale ou da Universidade de Vancouver.
 
Nós somos as cobaias destes senhores que, sem qualquer experiência, jogam com o destino de milhões de concidadãos.
 
A remodelação "pariu um rato". Passos Coelho mantém a sua postura autista, do quero posso, mando, eu é que sei.
 
Já fez uma pequena inversão, ao criar mais um minsitério, o que é insuficiente. O Governo passa de 11 para 12 ministérios. Será que vai pedir desculpa aos portugueses pela sua teimosia que durou quase 22 meses?
 
É certo que deu uma pequena bicada no Ministério da Economia, retirando-lhe o Desenvolvimento Regional, o monstro que é o ministério de Assunção Cristas - Agricultura e Ambiente - fica intocável, ou seja, continua ingovernável.
 
Quanto à "bête noire" do Governo, Vítor Gaspar, face aos resultados desastrosos da sua política, se fosse treinador de futebol há muito que teria sido demitido. Quero acreditar que após a vinda da Troika na próxima semana, finda a sua visita, Vítor Gaspar sairá do Governo.
 
Estas alterações de cosmética apenas adiam a decadência. O Governo está com falta de ar, com ataques permanentes de "asma política", quando ele e o seu Governo estão moribundos.
 
A actual situação política, económica e social demonstra que passou o prazo de validade de Passos Coelho no Governo de Portugal e no PSD.


segunda-feira, 8 de abril de 2013

ESTA É A MINHA OPINIÃO...sobre a comunicação de Passos Coelho

PASSOS COELHO APRESENTOU-SE NA COMUNICAÇÃO AO PAÍS COMO UM RESSABIADO, COMO ALGUÉM QUE SE SENTE ACOSSADO, FORA E DENTRO DO PARTIDO.

PASSOS COELHO TEM UM CONCEITO ENVIESADO DE DEMOCRACIA, QUE É O CONSENSO DAS DIFERENÇAS, É O RESPEITO PELAS DIFERENÇAS.
PESSOALMENTE, ESPERAVA QUE O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL CHUMBASSE A NORMA SOBRE A CONTRIBUIÇÃO EXTRAORDINÁRIA DE SOLIDARIEDADE. JULGO QUE APANHOU TODOS DE SURPRESA, A COMEÇAR PELO PROVEDOR DE JUSTIÇA.

CONCLUÍ QUE O TRIBUNAL TOMOU UMA DECISÃO SALOMÓNICA, OU, EM BOM PORTUGUÊS, QUIS AGRADAR A GREGOS E TROIANOS.
O GOVERNO NÃO DEVE CORTAR NAS FUNÇÕES SOCIAIS DO ESTADO. ALIÁS, AO REFERIR ESPECIFICAMENTE ESTAS FUNÇÕES, O PRIMEIRO-MINISTRO MOSTROU O QUANTO ESTÁ ZANGADO COM O TRIBUNAL E COM OS PORTUGUESES. NÃO O VI ZANGADO, NEM RESSABIADO COM O EUROSTAT, NEM FOI CARPIR MÁGOAS PARA BELÉM QUANDO O EUROSTAT CHUMBOU A INTEGRAÇAO DO VALOR DA VENDA DA ANA NAS RECEITAS DE 2012 PARA REDUZIR O VALOR DO DÉFICE.

O GOVERNO DEVE POUPAR NAS FUNÇÕES SOCIAIS DO ESTADO, REDUZINDO O DESPERDÍCIO, O QUE É BEM DIFERENTE DE CORTAR.
QUANTO AO PARTIDO SOCIALISTA, ANTÓNIO JOSÉ SEGURO TRANSFORMOU-SE NA REENCARNAÇÃO DO PICARETA FALANTE, EM QUE FALA DE COMPETITIVIDADE, CRESCIMENTO E EMPREGO, SEM DIZER COMO SE CONSEGUE.

O SECRETÁRIO-GERAL DO PS DEVERIA SABER QUE EMPREGO E CRESCIMENTO NÃO SE CRIAM POR DECRETO. AO CONTRÁRIO DO QUE AFIRMA, É UM IMPREPARADO, NEM PARA PRESIDENTE DE JUNTA DE FREGUESIA DE CONSIDERÁVEL DIMENSÃO SERVIRIA.
PASSOS COELHO EM NOME DO “INTERESSE NACIONAL” VIABILIZOU O ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2010 (LEI 3-B/2010, DE 28 DE ABRIL), VIABILIZOU O ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2011 (LEI 55-A/2010, DE 31 DE DEZEMBRO) VIABILIZOU OS PEC’S 1, 2 E 3 DO GOVERNO MINORITÁRIO DO PS DE JOSÉ SÓCRATES. DE QUE SE QUEIXA AGORA? PASSOS COELHO TEM A SUA QUOTA PARTE NO DESPESISMO DE 2010 E 2011 AO VIABILIZAR ESTES DOCUMENTOS EM NOME DO “INTERESSE NACIONAL”.

O GOVERNO TEM DE TER A CORAGEM DE NACIONALIZAR AS PPP’S, NOMEADAMENTE AS RUINOSAS SCUT’S E PAGAR AOS PRIVADOS EM FUNÇÃO DA ARRECADAÇÃO DE RECEITA, DEDUZIDAS AS DESPESAS DE GESTÃO E MANUTENÇÃO.
O GOVERNO DEVE TER A CORAGEM DE RESTRINGIR DRASTICAMENTE AS CONSULTADORIAS E ASSESSORIAS QUE SÃO ENTREGUES AOS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS.

É PRECISO ACABAR COM O ANTRO DE NEGÓCIOS QUE HÁ DÉCADAS HÁ NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. VEJAM O QUE ACONTECEU COM O DEPUTADO MENDES BOTA, EM FEVEREIRO PASSADO, QUE QUASE FOI CRUCIFICADO POR TER TIDO A OUSADIA DE PROPOR O REGIME DE EXCLUSIVIDADE DOS DEPUTADOS.
AS AUTARQUIAS LOCAIS, AINDA QUE LOUVANDO O ENORME ESFORÇO QUE ESTÃO A FAZER NA PARTE SOCIAL, COMO ACONTECE NA CÂMARA DE OEIRAS, TAMBÉM DEVEM SER CHAMADAS A DAR O SEU CONTRIBUTO NAS POUPANÇAS E REDUÇÃO DE DESPERDÍCIOS, SENDO INACEITÁVEL QUE TENHAM SIDO GASTOS MILHÕES, POR EXEMPLO, EM ESTÁTUAS, COMO FOI O CASO DE OEIRAS EM QUE UMA CUSTOU 1.250 MIL EUROS E OUTRA 850 MIL EUROS.

CONCORDO COM O PROFESSOR JOÃO FERREIRA DO AMARAL QUANDO AFIRMA QUE HÁ QUE COMEÇAR A PREPARAR, DE FORMA ORDENADA, A SAÍDA DO €URO.
O GOVERNO CONTINUA A SER FORTE COM OS FRACOS E FRACO COM OS FORTES.

NÃO PASSOU O TEMPO DO PSD NO GOVERNO DE PORTUGAL, PASSOU O PRAZO DE VALIDADE DE PASSOS COELHO NO PSD E NO GOVERNO DE PORTUGAL.
 

domingo, 7 de abril de 2013

ESTA É A MINHA OPINIÃO...

...a propósito de Uma Nova Ambição (V) - O Caos e a Culpa, publicado no blogue Projétil, de Moita Flores.
 
Caro Francisco Moita Flores,

Em vez de um breve comentário ao que escreveu, vou alongar-me um pouco mais, pois a sua prosa assim o exige.
 
Sobre o seu "O Caos e a Culpa" apraz-me dizer o seguinte:
 
Objectivamente ninguém deve ficar quieto e também eu estava admirado com o facto de V. não disparar um projéctil há algum tempo. Pelo menos um.
 
Estamos numa encruzilhada, para a qual fomos conduzidos pelo PS de Sócrates, com o apoio do PSD de Manuela Ferreira Leite (viabilização do OE 2010), com o apoio do PSD de Passos Coelho (viabilização do OE 2011, PEC's 1, 2, 3).
 
Chegados à encruzilhada, o Governo de Passos Coelho, em quem muitos acreditaram (felizmente não foi o meu caso), desfasado da realidade nacional, pensa que só há um caminho a seguir, custe o que custar: o dele e o da Corte que o bajula e lhe dá palmadinhas nas costas. Apesar dos avisos de quem efectivamente o quis ajudar, Passos Coelho decidiu ouvir apenas Miguel Relvas, Vítor Gaspar, António Borges, Carlos Moedas e poucos mais.
 
Os avisos de Manuela Ferreira Leite, de Bagão Félix, de João Ferreira do Amaral e de Daniel Bessa, entre outros, foram ignorados e, nalguns casos, desprezados pela Corte de Passos Coelho.
 
Os sinais de alarme, os sinais de pedidos de auxílio vindos do País Real foram insensívelmente bloqueados por Passos Coelho, Vítor Gaspar e pelos assessores do Primeiro-Ministro.
 
Vítor Gaspar asfixiou a economia, sufocou um ministro que à priori tinha condições para fazer um trabalho notável na revitalização da actividade económica, Álvaro Santos Pereira.
 
Nesta altura do campeonato importa lembrar quem nos trouxe até aqui: o PS e o PSD. O primeiro aparece como a virgem ofendida, quando foi o causador da violação dos interesses nacionais conduzindo o país para a situação de protectorado, o segundo porque ao viabilizar os OE's para 2010 e 2011 e os PEC's 1, 2 e 3, se transformou no "compagnon de route" ainda que ocupando o lugar traseiro.
 
Jorge Sampaio, ao demitir Santana Lopes, e Cavaco Silva ao contemporizar com as diatribes delapidatórias de José Sócrates, são igualmente responsáveis pelo Caos.
 
É certo que a CDU/PCP e o BE não são parte da solução, e o PS ao fim de tantos anos de Poder não consegue sobreviver sem ele, porque dele precisa para satisfazer a gula dos seus apaniguados. E António José Seguro está a ser cutucado pelos "devoristas" do PS.
 
Qual o Caminho?
 
Primeiro: ouvir Portugal e os Portugueses.
 
Segundo: como defende João Ferreira do Amaral, prepararmos ordenadamente a saída do €uro.
 
No plano teórico concordo com o seu texto "O Caos e a Culpa", no plano prático Francisco Moita Flores não acrescenta nada, não dá um único contributo para sairmos do impasse, nada acrescenta de concreto sobre como relançar a economia, não apresenta uma ideia para parar, pelo menos para estancar, a chaga do desemprego em Portugal.
 
Quem tem de mudar de Caminho, bem diferente do Mudar que Passos Coelho apresentou aos militantes do PSD e a Portugal, é o Primeiro-Ministro e o Governo.
 
É preciso saber o Caminho que o Governo quer que a RTP trilhe nos próximos anos, que os Portugueses e as Comunidades Lusófonas sejam chamados a dar o seu contributo.
 
É preciso conhecer o Caminho que o Governo quer que a TAP trilhe a curto prazo, que os Portugueses e as Comunidades Lusófonas sejam ouvidos.
 
É preciso saber o Caminho que o Governo quer que a Caixa Geral de Depósitos trillhe a curto prazo, escutando os Portugueses e as Comunidades Lusófonas.
 
Não podemos permitir que a estas empresas aconteça o que sucedeu à CIMPOR: um autêntico crime à economia nacional e aos trabalhadores entretanto despedidos ou forçados a acordos de rescisão, lançados no desemprego.
 
E aproveitando a sua putativa candidatura à Câmara Municipal de Oeiras, caso consiga concretizá-la (1.º passo), caso consiga ser eleito Presidente (2.º passo), a situação que Francisco Moita Flores vai encontrar não é diferente da que vive Portugal, ainda que os seus conselheiros lhe digam que o Oeiras é melhor nisto e naquilo. Oeiras atingiu grandes níveis de desenvolvimento entre 1986 e 2005; a partir daqui, com especial empenho e destaque a partir de meados de 2008, foi instaurado o "Princípio de Peter" em muitos sectores do Município.
 
As medidas, as propostas práticas que V. não faz para não caírmos no Caos e atirarmos a Culpa para trás das costas, vai ter de as concretizar na campanha autárquica para Oeiras. Se lá chegar. Não chegarão propostas e ideias vagas, não chegarão mensagens de fraternidade, de solidariedade e de humanismo.
 
É a crítica construtiva que faço do seu "O Caos e a Culpa".
 
Respeitosamente,
 
Helder Sá
 
(Miltante n.º 8686 - PSD)