sábado, 19 de março de 2011

A UE, a Líbia, Sarkozy e Sócrates

Em 1986, sem sermos ouvidos, entramos para a CEE - Comunidade ECONÓMICA Europeia, em 1992, com o Tratado de Maastricht fomos empurrados para a CE - Comunidade Europeia e com a adesão ao €uro, em vigor desde Janeiro de 2002, encavaram-nos na UE - União Europeia, uma vez mais e pela 3.ª vez sem quererem saber a nossa opinião.
A CEE/CE/UE ia ser a cura de todos os males de que sofríamos, fruto do "fascismo". A "Europa" era nossa amiga, dava-nos milhões, muitos milhões, em contrapartida abatíamos vinhas, oliveiras, pereiras, macieiras, os campos colocados em sequeiro, abatíamos a frota pesqueira, encerrávamos a siderurgia, importavamos muitos automóveis, construíamos auto-estradas, IP's, IC's e, com o guterrismo, as célebres SCUT's, que no dizer do ministro de então, João Cravinho, se pagariam a si mesmas.
Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha, atravessam momentos gravíssimos de fractura social. Os líderes europeus são fracos, por incompetência, por carreirismo político, sem experiência no sector privado, sem nunca terem sentido o que é estar desempregado, sem saberem o que é não ter dinheiro para pagar propinas, desconhecendo a angústia do que é chegar ao fim do mês e não ter dinheiro para pagar a renda da casa, água, electricidade, gás e alimentação, por mais parca que seja.
Mas, ao contrário do que afirmam a Sra. Merkel e o seu ajudante-de-campo Sarkozy, todos os países estão mergulhados numa séria crise económica, fruto da globalização desenfreada, da primazia dos especuladores financeiros sobre o poder político, mero executor das políticas anti-sociais dos "homens sem rosto".
A miséria que alastra na Europa, a "terra prometida" para os mais pobres - portugueses, gregos e irlandeses - e magrebinos, está a transformar-se no "inferno" social, a desestruturação das famílias, das comunidades e das regiões. Aqueles que nos impingiram esta €uropa - Soares, Cavaco, Freitas, Sampaio, Guterres, Barroso e Sócrates - são os mesmo que nos continuam a assegurar que não há futuro para Portugal fora do €uro, que não há futuro para Portugal fora da Europa (devem referir-se a esta €uropa). Quem acreditaria, há 23 anos atrás, que a União Soviética ruiria estrondosamente?
Ficamos também a saber por um dos filhos de Kadhafi que a Líbia apoiou financeiramente a campanha presidencial de Nicolas Sarkozy, por isso o desespero deste em o atacar militarmente. Com esta revelação e sendo do conhecimento generalizado as relações de José Sócrates com o ditador líbio, apraz-nos questionar se o Partido Socialista e o Primeiro-Mentiroso de Portugal não terão sido financiados com dinheiro esbulhado ao povo líbio.

domingo, 13 de março de 2011

Sócrates, Merkel e Portugal "À Rasca"

O 1.º Ministro de Portugal, a quem já chamaram o Primeiro-Mentiroso de Portugal, esteve dias atrás em Berlim, onde foi prestar vassalagem a Chanceler alemã, a ex-comunista da Alemanha Oriental (RDA) Angela Merkel.
Este Primeiro-Mentiroso é o mesmo que ainda há poucos dias referia que a entrada do FMI em Portugal seria uma perda de "dignidade". Saberá o Primeiro-Mentiroso, José Sócrates, o significado de "dignidade"? Ou os conceitos serão diferentes, o dele e o nosso?
Se o Primeiro-Mentiroso José Sócrates tivesse um pingo de dignidade (no nosso conceito) teria dito a Merkel que teria muito gosto em se encontrar com ela em Bruxelas, capital da União Europeia, e não em Berlim;
Se o Primeiro-Mentiroso de Portugal não fosse cada vez mais mentiroso, relapso e contumaz, ter-se-ia demitido após os sucessivos PEC's;
Se o Primeiro-Mentiroso de Portugal tivesse um mínimo de dignidade, após as palavras proferidas pelo Presidente da República no dia 9 de Março, teria apresentado a demissão;
Se o Primeiro-Mentiroso de Portugal tivesse vergonha na cara, apresentaria de imediato a sua demissão ao PR, após as grandiosas manifestações do "Portugal à Rasca" que aconteceram no dia de ontem em Lisboa e Porto.
Sabemos, pela manifestação de Lisboa, porque nela participamos, que o dia 12 de Março é um marco na viragem da indiferença do Povo Português e um sério aviso aos partidos políticos e aos dirigentes. Ou os partidos se regeneram ou o Poder cairá na rua, com tudo o que isto poderá implicar. Os militares, nomeadamente, das patentes de capitão para baixo, com especial incidência nas classe de sargentos e soldados, também estão descontentes com os cortes salariais e, mais do que isso, com os os cortes que os seus familiares também têm sofrido.
Perante este estado de coisas, perante a corrupção que tomou conta de Portugal, perante o imobilismo do Presidente da República, perante a ineficácia dos Tribunais, amordaçados por José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa e sua camarilha, perante a miséria que não só espreita como está em cada esquina, a manutenção desta paz podre levar-nos-á a pedir a intervenção das Forças Armadas para desalojar o polvo que se apoderou de Portugal e das instituições democráticas.

"As Forças Armadas estão ao serviço do povo português, são rigorosamente apartidárias e os seus elementos não podem aproveitar-se da sua arma, do seu posto ou da sua função para qualquer intervenção política."

Artigo 257.º/4 da Constituição da República Portuguesa